Oligarquias
O
terno oligarquia ("oligarkhía" do grego ολιγαρχία) que significa
“governo de poucos” forma de governo em que o poder político está concentrado nas
mãos de um pequeno numero pertencente a uma mesma família, um mesmo partido ou
grupo econômico ou corporação. É caracterizada por pequeno grupo de interesse ou
lobby que controla as políticas sociais e econômicas em beneficio de interesses
próprios.
O Brasil tem sua história republicana
muito marcada pela Oligarquia. O período designado como Primeira República,
entre 1889 e 1930, é o mais emblemático nessa questão, pois os grandes
proprietários de terras se beneficiavam de seus poderes econômicos para
promover apropriação dos meios políticos, influenciando diretamente o futuro do
país. Desta forma, o período em questão foi repleto de corrupção, trocas de favores
e outras condutas inadequadas para sustentar o poder de um grupo apenas, os
cafeicultores. Ainda que fosse vigente um regime democrático e representativo,
uma parcela da sociedade se beneficiava amplamente de seus poderes para gerir o
Estado de acordo com seus próprios interesses.
O Coronelismo
No
final do século XIX e começo do XX, no inicio do período republicano vigorou no
Brasil um sistema político conhecido popularmente como Coronelismo. Este nome dado
era porque a política era controlada e comandada pelos coronéis (os ricos
fazendeiros).
Nas
dentre as principais características do coronelismo destacamos: O Voto de Cabresto: Na República
Velha, o sistema eleitoral era muito frágil e fácil de ser manipulado. Os
coronéis compravam os votos dos eleitores que os trocavam por bens materiais. Como
o voto era aberto eles mandavam capangas para os locais de votação, com o
objetivo de intimidar os eleitores e ganhar votos. As regiões controladas politicamente
pelos coronéis eram conhecidas como currais eleitorais. Destacamos também a
política do café com leite: com o domínio político dos estados de São
Paulo e Minas Gerais que lucrava com a exportação do café e os derivados do
leite, Os políticos destes estados faziam acordos para perpetuarem-se no poder
central. Muitos presidentes da República, neste período, foram paulistas e mineiros.
Na Política dos Governadores: os
governadores dos estados e o presidente da República faziam acordos políticos,
na base da troca de favores, para governarem de forma tranqüila. Os
governadores não faziam oposição ao governo central e ganhavam, em troca deste
apoio, liberação de verbas federais. Esta prática foi criada pelo presidente
Campos Sales (1898-1902) e fortaleceu o poder dos coronéis em seus estados.
Fim do coronelismo
Com a Revolução de 1930 e a chegada
de Getúlio Vargas à presidência da República, o coronelismo perdeu força e
deixou de existir em várias regiões do Brasil. Apesar disso, algumas práticas
do coronelismo, como, por exemplo, a compra de votos e fraudes eleitorais
continuou existindo, por muito tempo, em algumas regiões.
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